É difícil encontrar alguém que, ao menos uma vez na vida, não acordou com os olhos bem avermelhados, cheios de secreção e ao procurar o médico, foi diagnosticado com conjuntivite viral.
Extremamente frequente em qualquer época do ano, a doença consiste numa infecção ocular, ocasionada por contato direto com alguém ou algum objeto contaminado pelo adenovírus causador deste tipo de conjuntivite.
Prevenção – De acordo com o especialista em córnea do Hospital de Olhos de Sertãozinho (HOCE), Dr. Antônio Baccega, por ser provocada por um vírus, que constantemente sofre mutações, fica difícil prevenir o contágio pela doença, mas existem meios de evitar que um paciente contaminado a transmita para outras pessoas. "Evitar a disseminação da doença é muito importante. Para isso, o paciente infectado deve individualizar o uso de toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal; evitar banhos de piscina e de mar; lavar as mãos com freqüência; não coçar os olhos e; no caso das pessoas que usam lentes de contato, devem suspender a utilização das mesmas”, explica o oftalmologista.
É importante salientar que o vírus causador da doença não é transmitido pelo ar, mas se o paciente com conjutivite tocar em algum objeto com a mão contaminada, e outra pessoa utilizá-lo e colocar a mão nos olhos, ela poderá ser infectada.
Complicações – Ao constatar quaisquer sintomas da conjuntivite viral, como olhos vermelhos, sensibilidade à luz, presença de secreção, lacrimejamento e inchaço das pálpebras, a primeira medida que deve ser adotada pelo paciente é procurar um médico, já que segundo o especialista do HOCE, as complicações de uma conjuntivite tratada inadequadamente podem ser perigosas. “O paciente contaminado deve procurar o oftalmologista, para ser orientado quanto ao tratamento mais adequado e também para receber informações, que evitarão a contaminação de outras pessoas da família e/ou do ambiente de trabalho”, destaca Dr. Antônio Baccega.
Dentre as complicações que podem surgir em decorrência da conjuntivite destacam-se a erosão superficial da córnea (que provoca dor e muita sensibilidade à luz); a infiltração de células inflamatórias na córnea (que provoca diminuição da acuidade visual) e reação inflamatória exagerada (que forma uma membrana na face interna das pálpebras, a qual necessita de remoção).
Ainda segundo Dr. Baccega, a título de se evitar tais complicações, também é importante que o paciente evite a utilização de “receitas caseiras”. “As pessoas devem levar em conta que só um especialista é capaz de identificar se elas estão contaminadas por conjuntivite ou outra doença. Qualquer medicamento indicado por terceiros, como antibióticos e corticóides, podem inclusive piorar o quadro clínico do paciente”, conclui.
Fonte: sg.com